Foto: Divulgação
Para dar vazão à forte demanda por energia elétrica dos diversos empreendimentos que devem ser implantados no Estado nos próximos anos, conduzir a produção das usinas eólicas e térmicas ao Sistema Integrado Nacional (SIN) e, ainda, para reforçar a estrutura de transmissão de energia existente, o Ceará receberá fortes investimentos nos próximos anos. Entre 2011 e 2014, estão previstas para serem construídas, pela Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf), 21 projetos, incluindo novas linhas de transmissão e subestações (SEs). No total, será aportado o valor recorde de R$ 643,1 milhões no período, montante que financiará a construção de mais cinco SEs. São elas a Acaraú II, Aquiraz II, Pecém II, Ibiapina II e Maracanaú. Os projetos também vão complementar a operação das 13 subestações existentes, atualmente, no Ceará.
A primeira na pauta é a implantação, em 2012, da subestação e da linha Acaraú II, de 230 kV (kilo Volt), que beneficiará toda a Região Norte do Estado, atendendo a Sobral, Santana do Acaraú, Morrinhos, Marco, Bela Cruz e Acaraú. Com investimentos de R$ 56 milhões, a rede visa interligar as centrais de geração de energia dos ventos vencedoras dos Leilões de Energia Renovável (LER) de 2009 e 2010 - que devem ficar sediadas no Litoral Oeste - ao sistema atual. Além da estação, a qual terá potência de 200 MVA (Mega Volt Ampére), será construída uma linha de 94 km de extensão, ligando a SE Acaraú II à Sobral II. Região Metropolitana
Também em 2012, deverá entrar em operação a SE Aquiraz II, desafogando as subestações Fortaleza e Delmiro Gouveia, que abastecem a Região Metropolitana, o que começa a ocorrer com a chegada de empreendimentos imobiliários e turísticos à região. O projeto receberá aporte de R$ 46,8 milhões e será executado pela empresa Transmissora Delmiro Gouveia (TDG), da qual a Chesf possui participação acionária de 49%. Ainda será instalada uma linha de transmissão de 20 quilômetros, conectando a SE Aquiraz II ao seccionamento da rede Banabuiú - Fortaleza C2.
Pecém
Fruto do consórcio entre Chesf e ATT, que consolidou a TDG, será edificada a SE Pecém II, segunda da região - a outra é a Cauípe - que vem para suprir a demanda de energia das novas indústrias que estão chegando ao Complexo Industrial e Portuário de Pecém (Cipp). Vai também receber a carga proveniente das novas térmicas, já em construção. A perspectiva é de que até 2012 a planta, de 3.600 MVA, que receberá investimento de R$ 168,6 milhões, esteja pronta. A Pecém II terá 500/230 kV (kilo Volt) de tensão. A energia chegará das usinas a uma tensão de 500.000 volts e será convertida para 230.000, podendo, assim, ser encaminhada aos empreendimentos do Cipp. Entretanto, ainda não se sabe se a capacidade da nova SE será suficiente para suprir a necessidade de energia de um projeto do porte da Refinaria Premium II. Conforme a Chesf, "a forma de suprimento será definida após parecer de acesso fornecido pelo ONS com base em estudos que devem ser elaborados pelos responsáveis pela carga". A preocupação é decorrente de afirmação do diretor de abastecimento e refino da Petrobras, Paulo Roberto Costa, que afirmou, no começo do mês, que a Companhia Energética de Pernambuco (Celpe) não poderá fornecer os 230 megawatts (MW) essenciais para a Refinaria Abreu e Lima funcionar. Sem a garantia de abastecimento, a Petrobras precisou se garantir e incluiu, no projeto da planta, uma unidade de cogeração a partir do coque de petróleo, para garantir a eletricidade.
Interior
As usinas eólicas vencedoras do Leilão de Energia Renovável 2010, que estão migrando para o Interior, mais especificamente para a região serrana; também precisarão de uma central para receber e redistribuir essa carga para o sistema nacional. Para suprir essa demanda, até 2013, entrará em funcionamento a SE Ibiapina II, com aportes de R$ 42 milhões. Sua alimentação se dará com a secção da ligação Piripiri (no Piauí) - Sobral II.
Mais para frente, em 2014, está previsto o início dos trabalhos da SE Maracanaú. Com o intuito de contribuir com a rede da RMF, serão investidos mais R$ 52,7 milhões na construção da nova estação, de 450 MVA. Uma linha de transmissão de um quilômetro de extensão conectará ainda o trecho Cauípe - Fortaleza II à nova SE.
Aporte
643,1 milhões de reais serão investidos, até 2014, em novos projetos e, ainda, na incrementação de 13 subestações existentes no Ceará
Fonte: Diário do Nordeste
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