sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Tasso Lidera pesquisa para Senador no Ceará



O senador Tasso Jereissati (PSDB), segundo os números apresentados pelo Ibope, na pesquisa que realizou no Ceará, entre os dias 27 e 29 de setembro, seria o primeiro dos dois senadores que serão eleitos no pleito do próximo domingo. Este ano o eleito vota em dois senadores.

Ele tem 50% das intenções de votos contra 47% de Eunício Oliveira (PMDB) e 42% de José Pimentel (PT). O candidato Alexandre Pereira (PPS) conseguiu 3% das intenções de voto contra um ponto percentual dos demais candidatos: Marilene Torres (PSOL), Polo (PV), Raquel Dias (PSTU), Reginaldo (PSTU) e Tarcisio Leitão (PCB). O outro candidato do PCB, Benedito Oliveira não pontuou.

Modelo

Pelo relatório do Ibope, o objetivo geral da pesquisa é levantar um conjunto de informações sobre o clima de opinião referente a temas relacionados ao cenário eleitoral junto aos eleitores do Ceará. Foram ouvidos eleitores de 16 anos ou mais na área em estudo. O modelo de amostragem utilizado foi o de conglomerados em três estágios. No primeiro estágio os municípios são selecionados probabilisticamente através do método Probabilidade Proporcional ao Tamanho, com base na população de votantes de cada Município.

No segundo estágio foram selecionados os conglomerados: setores censitários, com Probabilidade Proporcional ao Tamanho sistemático. A medida de tamanho é a população de 16 anos ou mais residente nos setores. Finalmente, no terceiro estágio é selecionado em cada conglomerado um número fixo de eleitores segundo cotas de variáveis que inclui sexo: masculino e feminino, grupos de idade, de instrução e atividade.

O intervalo de confiança estimado é de 95% e a margem de erro máximo estimada é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos sobre os resultados encontrados no total da amostra.

Perfil

Os 1610 eleitores entrevistados foram divididos entre 752 do sexo masculino e 858 do sexo feminino reunidos em grupos de idade entre 16 a 24 anos, 25 a 29 anos, 30 a 39 anos, 40 a 49 anos e de mais de 50 anos, com escolaridade até a 4ª série do ensino fundamental, de 5ª a 8ª série do fundamental, ensino médio e superior.

Foram feitas 483 entrevistas em Fortaleza, 203 na periferia, 182 na Região Norte, 252 na Região Noroeste, 280 nos sertões do Jaguaribe e 210 entrevistas no Centro Sul e Sul
fonte: Blog do Macário

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Frota de motos no Ceará

Mais baratas, econômicas e muito mais rápidas na hora de enfrentar o congestionamento. Essas são algumas das vantagens de um dos transportes que tem crescido mais no Estado, as motos. Para se ter uma ideia, de acordo com os dados do Departamento Estadual de Trânsito (Detran-CE), de 2004 a julho de 2010, o crescimento na frota de motocicletas no Estado foi de 128,4%, passando de 282.826 para 645.998.

O problema porém, é que, diante desse crescimento, da imprudência dos condutores, ausência de fiscalização e falta de infraestrutura para esse tipo de veículo, surgem consequências como o aumento nas estatísticas dos acidentes de trânsito, conforme foi divulgado na edição de ontem do Diário do Nordeste. Diante dessa realidade, é preciso pensar em soluções viáveis para diminuir os acidentes e controlar o crescimento desordenado da frota.

Afinal, o problema não se restringe à Capital cearense, já que, segundo o Detran, 77,9% das motocicletas do Ceará, ou seja, 503.390 mil, estão localizadas no Interior, representando 54,4% do total da frota de veículos. Em Fortaleza, segundo o órgão, elas são 142.608, ou seja, 21% do total de veículos.

Perfil

O presidente do Conselho Estadual de Trânsito (Centran), Luiz Tigre, explica que o perfil do condutor da motocicleta vem mudando nos últimos anos, e ressalta que a maioria deles não está preparada para guiar um moto e muitos sequer tem habilitação. "No Interior, o vaqueiro e o agricultor to trocaram o cavalo pela moto, fato que agrava ainda mais o número de acidentes, pois eles precisam de orientação", destaca.

O comerciante Márcio Silveira, 25, é um exemplo do motociclista despreocupado em cumprir a lei. Ele não tem habilitação, conta que aprendeu a pilotar a moto 125 cilindrada com um amigo e já sofreu quatro pequenos acidentes em menos de três meses.

"Quando tem uma curva mais fechada fico com receio, porque ainda não tenho domínio sobre a moto", disse o rapaz que já pilota há pelo menos seis meses. Apesar das dificuldades, garante que não deixa de andar de moto. "Preciso fazer viagens constantes entre os municípios de Quixadá e Mombaça".

Situação semelhante é da estudante Maria Rita de Castro, 18 anos, que diariamente se desloca de Guaramiranga para Baturité, onde estuda. "Não tenho carteira de habilitação, não acho necessário, porque ando com cuidado e de vagar", diz.

Ela afirma que "de vez em quando" dá carona para amigas que perdem o ônibus. "Só caí uma vez e foi porque a minha amiga, que estava na garupa pendeu e a moto derrapou".

Falta fiscalização
De acordo com Luiz Ponte, para reverter essa situação, a solução mais viável seria a municipalização do trânsito, isso porque a fiscalização é mais constante quando o próprio órgão gere o trânsito local. Ele ressalta que, de acordo com o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), em vigor desde 1998, compete aos órgãos e entidades dos municípios a gestão do trânsito. Porém, das 184 cidades cearenses, apenas 48 têm gestão própria.

Com a falta de fiscalização, motoqueiros circulam sem capacete, com várias pessoas na moto, e sem habilitação. Essa prática é comum, especialmente, nas pequenas cidades.

O superintendente do Detran, Igor Ponte, concorda com o presidente do Centran e reconhece que muitos municípios não cumprem a lei. O que, segundo ele, facilita a compra de motocicletas por pessoas sem habilitação. Ele explica que a disponibilidade de crédito para financiamento de veículos e o crescimento da economia gerou um aumento do número de motos nas ruas e as consequência é o acidente. "A moto é um vetor de desenvolvimento da economia, um instrumento importante, mas deve ser usada com responsabilidade", frisa.

Ação civil

O dirigente do Departamento Estadual de Trânsito afirma que o Ministério Público Estadual (MPE) já ingressou com ações civis públicas em várias cidades que não fiscalizam o trânsito, na tentativa de reverter esse processo. "Os municípios podem ser multados e alguns prefeitos correm até o risco de perder o mandato se não cumprirem a lei", garante.

De acordo com Igor Ponte, outra solução para esse problema já está sendo colocada em prática pelo órgão desde o ano passado. O Programa Popular de Formação e Educação do Condutor oferece às pessoas de baixa renda a possibilidade de obter a habilitação custeada pelo Governo do Estado.

"Hoje, já temos 65 mil pessoas beneficiadas em todo Ceará. Contudo, ainda é preciso que cada município faça a sua parte, fiscalizando o trânsito e promovendo campanhas educativas nas comunidades", diz o dirigente do Detran-CE.

Fonte: Diário do Nordeste 

terça-feira, 28 de setembro de 2010

População Carcerária do Brasil 3ª maior do Mundo

Com 494.598 presos, o Brasil possui a terceira maior população carcerária do mundo, ficando atrás apenas dos Estados Unidos e da China. O dado foi apresentado nesta quinta-feira (23/09) no Seminário Justiça em Números pelo coordenador do Departamento de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário (DMF) do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Luciano Losekann. O juiz criticou a forma como a Justiça Criminal é tratada dentro do Judiciário brasileiro, “como o primo pobre da jurisdição”. “É uma área negligenciada, sobretudo pela Justiça Estadual. Os tribunais precisam planejar de forma mais efetiva o funcionamento da Justiça Criminal”, afirmou. Clique aqui para ver a apresentação na íntegra.

Nos últimos cinco anos, o número de pessoas presas no Brasil aumentou 37%, o que representa 133.196 pessoas a mais nas penitenciárias. Losekann chamou atenção para o elevado número de presos provisórios existentes no país, 44% no total, segundo dados do Ministério da Justiça. Isso significa que 219.274 pessoas aguardam na prisão o julgamento de seus processos. “O uso excessivo da prisão provisória no Brasil como uma espécie de antecipação da pena é uma realidade que nos preocupa. Os juízes precisam ser mais criteriosos no uso da prisão provisória”, afirmou o coordenador do DMF.

A superlotação nas unidades prisionais foi outro ponto destacado pelo juiz. A taxa de ocupação dos presídios brasileiros é de 1,65 preso por vaga, o que deixa o país atrás apenas da Bolívia, cuja taxa é de 1,66. “A situação nos presídios levou o Brasil a ser denunciado em organismos internacionais. Falta uma política penitenciária séria”, enfatizou Losekann. São Paulo é o estado com maior quantidade de encarcerados, seguido de Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro.

Diante da insuficiência de vagas nas unidades prisionais, 57.195 pessoas estão cumprindo pena em delegacias, que não contam com infraestrutura adequada. Uma das ações prioritárias estabelecidas este ano para o Judiciário pelos 91 presidentes de tribunais é a de reduzir a zero o número de presos em delegacias. Ao traçar o perfil dos detentos brasileiros, Losekann destacou o tráfico de drogas responde por 22% dos crimes cometidos pelos presidiários. Entre as mulheres esse índice sobre para 60%.

Mariana Braga
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