O deputado Welington Landim (PSB) ocupou a tribuna durante a sessão
plenária, desta terça-feira (13/09), para destacar um requerimento de
sua autoria pedindo o apoio da bancada cearense na Câmara para a
aprovação do projeto de lei que regulamenta a Emenda Constitucional 29. A
proposta prevê a criação da Contribuição Social da Saúde (CSS), que
deve repassar mais recursos para o setor. “O projeto de lei deve ser
votado no próximo dia 28. Depois, irá para o Senado”, informou.
O deputado Welington Landim, líder do bloco parlamentar PSB-PT na
Assembleia Legislativa, atenção para a derrubada da prorrogação da CPMF,
em 2007. “O Governo Federal deixou de arrecadar mais de R$ 40 bilhões
por ano. O fim da CPMF atingiu em cheio as finanças estaduais. Somente
Pernambuco deixou de receber R$ 1,5 bilhão em 2008; e o Ceará perdeu R$
913 milhões no mesmo ano”, disse.
De acordo com Welington, o Norte e o Nordeste, áreas mais pobres do
País, recebiam muito mais recursos da CPMF do que arrecadavam em seus
territórios. O deputado observou que as regiões eram responsáveis por
24% da arrecadação do imposto, mas eram beneficiadas por 42% dos
recursos, por meio dos repasses para a saúde e dos programas de
transferência de renda.
Para o socialista, a tendência é a situação piorar, já que os governos
federal, estaduais e municipais não têm como manter a máquina, muito
menos como ampliar os serviços de saúde. “Para melhorar a saúde e salvar
o Sistema Único de Saúde (SUS), o Brasil precisa de mais receita”,
observou.
Welington Landim salientou que a CPMF cobrava 38% e a nova proposta
baixou este valor para 0,25%. A Contribuição Social para a Saúde (CSS)
injetaria cerca de R$ 30 bilhões na saúde. “Precisamos de um Estado
forte, por isso, peço o apoio dos 22 deputados federais cearenses”,
disse.
Os deputados Carlomano Marques (PMDB), Mirian Sobreira (PSB), Ferreira
Aragão (PDT), Antonio Carlos (PT) e Moésio Loiola (PSDB) apartearam o
discurso de Welington. Para o peemedebista a CCS é “vital para os
pobres” e deve ser aprovada.
Mirian Sobreira falou da regulamentação da Emenda 29: “temos que definir
duas coisas: o repasse do dinheiro e o que vai ser ou não pago à
Saúde”. Antônio Carlos lembrou que a presidente Dilma Rousseff já
confirmou a necessidade de criar um novo imposto para melhorar o
atendimento deste setor. Ferreira Aragão falou da importância da
fiscalização do novo imposto, para que não haja risco de desvio de
verba.
Fonte: Site Miséria
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