
Rudy Trindade - AE
Se as primeiras informações que saem do Hospital Pasteur, na zona norte do Rio de Janeiro, forem precisas, o técnico do Vasco, o ex-zagueiro Ricardo Gomes Raymundo, 46 anos, precisará mesmo de muita força para superar o problema cerebral que sofreu neste domingo (28), no banco de reservas do Estádio João Havelange, enquanto dirigia sua equipe no classico contra o Flamengo, que terminou empatado em zero a zero.
Ricardo Gomes sofreu um acidente vascular cerebral (AVC) encefálico hemorrágico, ou seja, com hemorragia (vazamento de sangue).
Esse vazamento de sangue teria atingido 70% do cérebro do técnico, o que é muito.
Na maioria dos casos, o AVC encefálico ocorre quando uma veia do cérebro entope ou rompe por algum motivo.
As situações em que a veia entope mas não há hemorragia, ou seja, não acontece derramamento de sangue no cérebro, são menos perigosas.
Os casos em que há hemorragia, ou seja, quando a veia se rompe ou fura em algum ponto, derramando sangue na massa encefálica (do cérebro), são os mais graves. Infelizmente, este é o caso de Ricardo Gomes.
A conduta comum em casos como o de Gomes é exatamente a adotada até agora pelos médicos do Pasteur: abrir uma parte do crânio para retirar, com um dreno, o sangue que vazou na hemorragia, impedindo que ele afete a massa do cérebro e também faça pressão de dentro para fora na caixa do crânio do paciente.
É uma cirurgia delicada, de no mínimo três horas, mas necessária.
Entre 72 e 96 horas (três a quatro dias) depois da cirurgia, os médicos terão condições de dizer se Ricardo Gomes terá, dali para frente, alguma sequela ou problema motivado pelo AVC (limitação de fala, locomoção ou perda de memória, por exemplo), ou se seguirá a vida sem problemas.
Tomara que tudo colabore para que o doce e educado Ricardo Gomes sobreviva à cirurgia e saia dessa sem qualquer problema.
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