quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Quem se deu bem na onda Tiririca

Impulsionado pelos votos dos dois deputados federais mais votados do país, o PR conseguiu praticamente dobrar o número de eleitos na Câmara dos Deputados em relação a 2006, e é o partido com a quinta maior bancada. Entre os cinco partidos mais representativos, o PR também foi o que mais cresceu nestas eleições.

Em 2006, o partido havia eleito 23 deputados federais. Neste ano, foram 41, um aumento de 78%. O PT aumentou só 6%, enquanto o DEM caiu 34%.

A comparação leva em conta o número de congressistas eleitos nas urnas, não a bancada atual, composta também por 41 parlamentares. O PR elegeu 23 deputados em 2006, mas outros congressistas mudaram de partido e incharam a sigla.

O avanço foi auxiliado pela grande votação do palhaço Tiririca, que obteve 1.353.820 votos nas urnas, e de Anthony Garotinho, o segundo deputado federal mais votado do país, com 694.862 votos.

Em São Paulo, o quociente eleitoral (número de votos para obter uma cadeira na Câmara) foi de 304.533. Ou seja, os votos de Tiririca divididos pelo quociente dão um total de 4,4. O palhaço elegeu, portanto, a si mesmo e mais três companheiros de coligação: Otoniel Lima (PRB), Vanderlei Siraque (PT) e o delegado Protógenes Queiroz (PCdoB).

Outra contribuição importante saiu de Garotinho, que conseguiu eleger mais três deputados, já que o quociente no RJ foi de 173.883 votos. Ele se filiou ao PR em 2009, anunciando apoio à candidatura de Dilma Rousseff, ato classificado na época como a maior conquista do partido nos últimos dez anos.

Além disso, os votos impulsionam a coligação, que consegue obter mais vagas. No caso de Tiririca, foram beneficiados no cômputo das cadeiras PRB, PT, PR, PCdoB e PTdoB.

O Rio foi o Estado que mais elegeu deputados do PR, um total de oito, seguido de Minas Gerais, com sete, São Paulo, com quatro, e Bahia, com três eleitos pela sigla.

O Partido da República nasceu no final de 2006 como resultado da fusão do PL (Partido Liberal) com o Prona (legenda criada por Enéas Carneiro 1938-2007). Em 2009, ganhou filiados e inchou, com a chegada de nomes como Clodovil Hernandes.

A situação da bancada eleita pode mudar, no entanto, caso fique comprovado que Tiririca não sabe ler nem escrever, requisito básico para se candidatar. Nesta segunda (4), a Justiça Eleitoral recebeu denúncia contra o eleito por "fortes indícios" de que ele seria analfabeto e teria forjado sua declaração. Ele tem dez dias para apresentar sua defesa.

Fonte: Miséria com innf. UOL

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