quinta-feira, 9 de setembro de 2010

As mudanças no exército Brasileiro

Eu ia procurar hoje no site do exército brasileiro algo futurista que se encaixasse em meu livro de ficção científica que se passará mais ou menos no ano de 2035. Já na página inicial eu vi uma imagem que me chamou a atenção com um link de um documento em PDF com o título: Transformação do Exército Brasileiro.
Esse documento fala sobre o processo de transformação do exército que entrá em curso em um futuro próximo e que não só adaptará e modernizará a instituição, mas que também de fato a transformará, melhorando muito sua eficiência.
Vou mostrar a vocês resumidamente alguns pontos que achei que são os principais nesse processo de transformação, mas caso você queria ler o arquivo PDF completo do Exército, pode baixar neste link:
O documento intitulado: Processo de Transformação do Exército, reconhece que o país irá entrar na chamada primeira linha de atores globais, se tornando já nesta década entre 2010 e 2020, a quinta economia do mundo, mas que, para realmente dar voz ao país no cenário internacional, é necessário ter forças militares eficientes e bem equipadas, algo que hoje infelizmente nos falta por diversos motivos, segundo o próprio documento. E exatamente por isso a transformação ocorrerá. Mas é importante a sociedade civil entender que é necessário por exemplo destinar mais recursos financeiros as forças armadas, e o porque disso. O Brasil é um país pacífico, e isso é obviamente muito bom, mas nas relações internacionais ter força é importante, afinal de contas, não são raros os casos de guerras no presente, o Oriente Médio que o diga!
Para que essa transformação ocorra, os militares reconhecem que não só precisam de mais dinheiro e equipamentos novos, mas que precisam mudar a própria mentalidade, adaptando a estrutura e o pensamento, e incentivar a inovação entre suas lideranças. Os militares também querem aumentar o interesse civil na área militar, e até terceirizar serviços que não envolvam de fato a guerra, ou seja, querem que os militares tenham mais tempo de preparação para a guerra em si, ao envés de realizar serviços não diretamente ligados a área militar durante o tempo que passam nos quartéis, fazendo com que o Brasil fique militarmente igual como é nos países desenvolvidos.

Agora vamos aos trechos do documento que eu selecionei para resumir alguns itens mais importantes:
No que se refere à articulação, o EB elaborou dois programas:
• Programa Amazônia  Protegida: Abrangendo três projetos
principais: Pelotões Especiais de Fronteira, o Sistema Integrado
de Monitoramento de Fronteira (SISFRON) e Reestruturação
das Brigadas de Selva, completando e modernizando seus sistemas
operacionais.
• Programa Sentinela da Pátria: destinado à reestruturação e à modernização de todas as Brigadas e estruturas dos demais Comandos Militares de Área.
No tocante ao equipamento, o planejamento se desdobra
em duas vertentes:
Programa Combatente Brasileiro do Futuro CO-BRA – destinado a equipar o Exército do futuro. Por intermédio de projetos de Ciência e Tecnologia, desenvolverá os sistemas de armas a serem adotados a partir de 2014, dando cumprimento a um dos três chamados eixos estruturantes contidos na END: fortalecer a Indústria Nacional de Material de Defesa.
• Programa Mobilidade Estratégica, que incidirá sobre o Exército do presente, por meio do qual se pretende completar e modernizar os equipamentos e as dotações de suprimentos.
” No prosseguimento dos trabalhos, após a entrega dos planos,
o Projeto do Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras – SISFRON – ganhou proeminência, por abrigar ideias-força de grande apelo perante a opinião pública e por conter respostas para problemas em evidência e de difícil solução para o Governo.”
“Num mundo em que, no ano 2030, a população terá aumentado em dois bilhões de habitantes e estará consumindo o dobro de recursos naturais, o Brasil não pode permitir que se fortaleça o conceito de relativização da soberania dessa incomensurável fonte de recursos – a Amazônia -, como ocorre no imaginário de parte considerável da opinião pública internacional.”
” Nossa doutrina, em geral, respalda-se em concepções ultrapassadas. Não incorporou conceitos próprios dos conflitos contemporâneos, tais como: proteção do combatente; minimização de danos colaterais sobre as populações e o meio-ambiente; a opinião pública como importante fator para a vitória; superioridade de informações; o domínio da “consciência situacional”, a presença de atores não governamentais e outros conceitos, passíveis de domínio a partir do uso de equipamentos e de sistemas com
elevado padrão tecnológico incorporado. Em suma, a tarefa a empreender será a de retirar o Exército da era industrial, transformando-o em uma instituição da era da informação.”
” Adicionalmente, toda a instituição deve proporcionar um ambiente propício ao desenvolvimento da capacidade de inovação: incrementar a interação com Exércitos de países desenvolvidos; intensificar a realização de visitas e intercâmbios com organizações modernas de grande porte e de atuação internacional; criar um centro de pesquisa de Guerra do Futuro, com capacidade de realizar a prospecção estratégica, doutrinária e tecnológica; incorporar civis às estruturas organizacionais; evitar o cerceamento da iniciativa decorrente da cultura do “erro-zero”; e estimular o desenvolvimento de lideranças com perfil inovador.”
Fiquei feliz, ao terminar de ler o documento, porque se ele está na primeira página do site da instituição, isso significa que as grandes lideranças do Exército já se prontificaram a fazer as mudanças necessárias, para transformar o EB (Exército Brasileiro) em um exército de primeiro mundo, em um exército de nação super-potência, enfim, em um exército profissional e de grande relevância internacional.
As imagens deste meu post retirei do site do Exército, ou do documento do Exército: “Transformação do Exército Brasileiro” com link no ínicio do post.
www.exercito.gov.br 


Fonte: Site Odenir

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